O Alemão, Papa Bento XVI (Joseph Ratzinger) |
Não é novidade que eu tenho uma inclinação evidente pela Alemanha, tanto pelo país, em sí, quanto pela noção alemã de povo, nação, cultura, disciplina, ordem e etc.
Já escrevi sobre isto algumas vezes, sobre a contribuição da Alemanha para a arte, a política, a música erudita, a literatura, a filosofia e etc. De fato, a deferência já foi feita, mas ainda não disse tudo o que de fato penso. Na verdade, quando o fizer, certamente serei demandado por essa crítica (falsamente) puritana que me atribuirá a costumeira acusação de nazista.
Mas o assunto de hoje é outro. Os caçadores de Nazistas terão de esperar....
Trata-se da renúncia papal ocorrida na data de hoje, que no calendário, e fuso, tupiniquim, corresponde exatamente ao período de perversão moral, social e cultural denominado carnaval. Um eufemismo, na verdade, para a degeneração e degradação moral instituídos.
Mas, por sorte, ou redenção divina, neste ano, foi justamente um alemão quem nos libertou dessa sina de populacho. Com a abdicação do papa Bento XVI, a mídia (que nada mais é do que um caça-níqueis de ocasião) foi obrigada a verter sua cabeça para o Vaticano. Fato quase impossível nesta época do ano, quando nenhuma tragédia humana é mais importante do que a Sapucaí.
Esboço Virtual do site "G1", em 11/02/13 - 17:52. |
Paradoxalmente, dá um certo prazer incontido navegar pelas mídias jornalísticas e perceber que, hoje, em plena segunda de Carnaval, os jornais estão menos "libidinosos". Na maioria deles (páginas virtuais), as gostosa deram lugar à batina, aos ritos eclesiásticos e expressões curiosas, que andavam sumidas do nosso dicionário carnavalesco, como conclave, nuncio papal, Deus e etc..
Aliás, diriam alguns foliões, esse Deus é foda. Tinha que aparecer justamente agora, em pleno carnaval?
Como diria a letra do "Engenheiros do Hawaii": o Papa é Pop (graças a Deus).