“É muito melhor se arriscar por coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito, que não gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem na penumbra cinzenta que não conhece nem vitória nem derrota.”

Theodore Roosevelt

quinta-feira, 18 de abril de 2013

"Mamãe, Quero Ser Juiz!"

Min. Joaquim Barbosa, Presidente do STF

A revista "Time" divulgou hoje, a lista das 100 Pessoas mais influentes do Mundo.

A Surpresa (agradável surpresa), fica por conta da inclusão de Sua Excelência, o Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do STF, no honroso index da poderosa revista americana.

Joaquim Barbosa "simboliza a promessa de um novo Brasil", sentenciou a publicação estrangeira.

Na verdade, Joaquim Barbosa é mais um daqueles raros casos em que uma força inexplicável vem a socorro de uma sociedade que parece estar à beira da esterilidade referencial, fenômeno social caracterizado pela impressão tangível de escassez dos referencias éticos e "bússolas morais" responsáveis pela fixação dos valores que indicam os limites e a saúde moral de uma sociedade.

Não que a eminência jurídica homenageada seja a reprodução infalível da perfeição, da ponderação e da justiça presumida. Longe disso. Barbosa é só um homem, e apenas isso!

Mas é justamente por essa medida de humanidade, que se lhe é dado trafegar do erro ao acerto, e vice e versa. Destemperado para alguns, colérico para outros, a verdade é que Joaquim Barbosa, provavelmente, seja só o reflexo da impaciência que a falaciosa dialética da diplomacia desperta nas pessoas que conseguem enxergar certas "preliminares" jurídicas como um mero prólogo para a omissão da Justiça.

Se ele é negro, mulato, pardo ou mestiço, pouco me importa. Na verdade, essa história de primeiro presidente negro, pra mim, é só conversa fiada. É pretender reduzir o caráter de um homem a um simplório pano de fundo da discussão eterna de falsos moralismos. Barbosa é o que é por sua virtude, honra e mérito (únicos parâmetros para se "julgar" o homem). O Mais notável em Joaquim Barbosa, e o que de fato deve ser comemorado, é a corrente de dignidade e virtude que ele tem, indiferentemente de suas pretensões ou manejo, disseminado na sociedade.

Se já há algum tempo, temos ouvido de alguns garotos, desiludidos com a derrocada de referenciais vocacionais (policiais, bombeiros, médicos, professores e etc.), e provavelmente estimulados pela eleição equivocada de valores sociais contemporâneos (drogas, prostituição e libertinagem) que seu sonho era ser bandido, ou mais precisamente Traficante, agora podemos comemorar o fato de que, por aí, já se pode ouvir, ocasionalmente, um "Mamãe, quero ser Juiz!".

De fato, "Senhor Presidente", não pode haver maior contribuição cívica e republicana que a prestada por Joaquim Barbosa.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Margaret Thatcher: Nota de Honra

Margaret Thatcher














Eu sempre me refiro de maneira muito severa a algumas práticas contemporâneas que têm no comportamento medíocre a medida de todas as coisas. Na verdade, sei que julgo com grande dose de acidez a maneira com que o mundo tem encarado a depravação moral da sociedade e a eleição de novos "valores" como paradígmas de existência.

A pouco tempo, inclusive, fiz uma crítica à maneira infeliz com que a Presidente Dilma Rousseff tem conduzido sua relação de poder com o outro lado da nação, os homens: À base de chicotadas ideológicas e coações de poder.

Na mesma vertente, já discursei sobre a patética ideologia feminina (guardadas as proporções de exceção) que se apega à mania de "tirar a roupa" como forma de protesto. Ora pelos seus direitos, ora pelo Meio Ambiente, etc e etc.

Aqui, hoje, vou apenas consignar valor que julgo merecido a uma pessoa que NUNCA precisou se declarar mulher para demonstrar que era mulher. Uma pessoa que nunca se escondeu atrás da fragilidade para esquivar-se de responsabilidades. Que nunca chicoteou os homens para provar que estava (pelo menos temporariamente) "acima" deles: Margareth Thatcher, a "Dama de Ferro"! 

Falecida no último dia 8, seus anos à frente da Inglaterra provaram que tirar a roupa não é o único mecanismo de participação política a disposição das mulheres. Provaram que quem governa não é o homem ou a mulher, mas uma Instituição. Talvez no funeral que a Grã-Bretanha preparou para a Dama de Ferro, reservado aos grandes líderes mundiais,  haja tempo para que a Presidente Dilma o aprenda.

E Aqui vai uma boa lição assinada pela própria Margaret Thatcher:

"Ser líder é como ser uma dama: se você precisa provar que é, então você não é"






quarta-feira, 10 de abril de 2013

O SENADO E A REPÚBLICA DOS CÍNICOS


É Engraçado como algumas coisas são estabelecidas neste país, como diria o Ministro Joaquim Barbosa, "leis são criadas e votadas ao pé do ouvido e na surdina do parlamento".


Explico:

Assisti hoje (10/04/13), com espanto, a maneira trivial e vã como a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, a "Câmara Alta" do país, apontava seu dedo sujo contra a espoliada polícia brasileira. Desta vez, em votação (mais um) projeto de Lei que prevê obrigações, sanções e retaliações para um órgão que já carrega esse maldito país nas costas, seja fazendo mágica para conseguir funcionar com esse lixo de estrutura organizacional que lhe é vomitado, seja suportando o fardo da cólera (irrefletida) da sociedade, a Polícia sempre está lá, pronta para levar o próximo tapa na cara pelo não funcionamento do sistema.

Mas vejam, querem, agora, punir as autoridades policiais pelo ocaso da Lei Maria da Penha. De fato, a Polícia deixa a desejar no atendimento destas mulheres. Isso é óbvio. Delegacias que mal acomodam seus funcionários, repartições e Quarteis em que, (pasmem), as funcionárias precisam ir até suas casas se quiserem realizar qualquer ato de higiene pessoal nunca vão acolher decentemente nenhuma mulher e NENHUM SER HUMANO. Será que nossos senadores já visitaram uma Delegacia de Plantão? Um Quartel Interiorano, nos confins do Brasil?  Acredito que não, e é óbvio que não conhecem essa realidade (ou talvez a ignoram). O Que não parece tão óbvio para o Congresso é que a desídia da Polícia não é apenas uma mera opção funcional pelo desleixo, pelo descaso para com as vítimas da violência doméstica, mas sim uma condição de fraqueza e impotência em função da debilidade de um sistema penal e jurisdicional que está sendo sufocado por leis frouxas, estabanadas, lenientes e, sobretudo, em descompasso com a realidade das Instituições encarregadas de aplicá-las. O Problema da Polícia é que ela foi esquecida pelo Estado, e só é lembrada em ocasiões como essa, pra apagar incêndios. Ofício ingrato num país em que os próprios políticos vivem com um balde de gasolina na mão e um palito de fósforo no bolso!

Talvez nosso Congresso queira mesmo que, com a aprovação dessa Lei, cada policial desse país leve uma vítima da violência pra casa, ou que cada policial, em vez de folga e descanso, se prostre diante da casa das vítimas da violência doméstica.

É Fácil cuspir na Polícia. É fácil votar essas leis "bonitinhas", simpáticas aos ouvidos dos alienados. Difícil, meu amigo é fazer o papel da Polícia: cumprir essas leis mentirosas que estão diametralmente opostas às condições logísticas, operacionais e legais que são impostas a ela.

Curioso que quando se fala em melhoria salarial para a Polícia ou em otimização de suas condições de trabalho, não se vê nenhuma mobilização ou "boa vontade" desses "congressistas de verão".

Se alguem acredita que vai mudar alguma coisa, está enganado. Se você, mulher, acredita que vai ter sua vida poupada, é melhor começar a rezar.

Leis que culpam a Polícia pelos erros do governo e as falhas na estrutura do Estado são as piadas mais sem graça que o Congresso costuma contar para seu povo idiota, ignóbil e politicamente alienado.

País medíocre esse Brasil!