“É muito melhor se arriscar por coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito, que não gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem na penumbra cinzenta que não conhece nem vitória nem derrota.”

Theodore Roosevelt

domingo, 20 de novembro de 2011

O DIA 20 DE NOVEMBRO


Que dia é hoje?

É um dia de sol? Um dia chuvoso? Um dia comum, comum como qualquer outro?

Não! Hoje é 20 de Novembro…
Talvez um dia de sol, Talvez um dia chuvoso…
Não um dia comum, não como qualquer outro, porque hoje, hoje é o dia 20 de Novembro.
Mas que dia é hoje?
É o meu dia?
É o seu dia?
Um dia comum, comum a qualquer pessoa?
Não, hoje é 20 de Novembro!
Que dia, que belo dia! Não é um só dia, é 20 de Novembro…
Dia em que a noite é dia, em que o dia não é um só dia: a noite é o dia, clara como um dia nas noites de novembro.
Escolhí-o pra mim, então esse é o meu dia.

Se é também o seu dia, perdoe-me, porque o perdão tambem nasce em novembro….

20 de Novembro: Um dia, não qualquer dia!
E que dia, O DIA 20 DE NOVEMBRO!

Mas não se preocupem, "pois nada dura para sempre, inclusive a chuva fria de novembro".

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A LEI "BANDIDA" E O "MOCINHO" MACONHEIRO, UMA TRAGÉDIA DO NOSSO TEMPO.

"Estudante" sobe em viatura policial durante protestos na USP
Polícia, outrora o personagem encarnado da necessidade da lei e da ordem. O Símbolo da contraposição entre a Lei e o crime. Hoje, um combalido e famigerado aparelho de segurança estatal, carente e espoliada pela má fé do governo e, acreditem, sistematicamente açoitada pela mudança de rumo dos tempos: Tempos em que a lei, tradicional parâmetro de vida, passou a ser desprezada e desafiada por uma geração de meninos mimados, gentinha estúpida, mal criada, comedores de lixo enlatado e que não conhecem outra forma de respeito e obediência que não a força de uma chibatada ou de um cassetete.

São essas as pessoas que querem o enfraquecimento da Polícia. Pessoas para as quais, não só a Polícia, mas a própria Lei, a ordem, a Igreja ou qualquer outra forma de censura moral representa um embaraço, uma entrave para sua "vida lôca" e seu estilo de vida psicodélico. 
Pessoas assim não desejam que a PM se retire apenas do campus da USP. Elas querem, na verdade, que os  "bandidos de farda" (nova denominação de quem não gosta de maconha e tem um trabalho dígno pelo qual é vergonhosamente remunerado) vão para o espaço, pra marte ou qualquer outro lugar de onde não se possa interferir na roda de "noiados" que transformam o espaço público num feudo de traficantes, usuários de drogas e gente da pior índole. 
Não se engane, a USP é sim um espaço público, espaço onde você, pai de família, paga para que o maldito governo o reserve para mimados pseudo-estudantes.
A Sociedade ordeira, calada e refém da modernidade, dos usos e costumes contemporâneos, assiste ao loteamento do espaço público, onde eles, os pilantras travestidos de estudantes, se julgam no direito de suspender, ao seu bel prazer e convicção, a aplicação do direito, das leis e de qualquer norma de conduta. 

Querem fumar maconha? Façam-no nos quintos dos infernos!  Não na "cara"da Polícia! Não ao abrigo da Lei.
Do contrário, mudem as leis!

Esse bando de maconheiros que ocupam nossas escolas e universidades, depredando o patrimônio público em protestos cada vez mais idiotas e despidos de função social,  são, na verdade, simulacros de universitários, que fazem da sua condição "privilegiada" de estudante um pano de fundo para a marginalidade e a safadeza, coisas que a Lei  não deve permitir. E se a lei não permite, cabe à Polícia fazer cumprir a lei, DOA A QUEM DOER!

Mas hoje, como é regra entre os jovens desse país, diria-se:

Quem precisa da Polícia?

Certamente, esses "abutres"(excluem-se daí os dignos e honrados estudantes) da USP não precisam.  Pra que precisariam?

Pra pessoas assim, Policia é sinônimo de incômodo, ou, como eles costumam dizer, "embaça".

Observando atentamente o comportamento desses "rebeldes-sem-causa", começo a entender as coisas que estão acontecendo nesse país. Não me surpreende que corrupção, roubalheira, depravação moral e ética seja a regra entre nossos líderes. Não me surpreende que haja tanta mobilização em favor da liberalização do consumo de drogas. Não me surpreende, igualmente, que a animosidade (orquestrada) para com a polícia cresça sucessivamente. Pois aí estão nossos (futuros) líderes: entre depravados e maconheiros!

Não me espanta que ninguêm, absolutamente ninguêm nesse país se importe com a falta de recursos para a segurança pública: A terem de fortalecer as (chatas) instituições policiais, as leis ou o sistema penal,  preferem conviver com a onda de violência, de caos e de libertinagem, que, de qualquer forma, é melhor do que a chatice e a inconveniência da disciplina, da Lei e da ordem.  
Se você, policial (militar, civil, bombeiro e delegado), espera pela boa vontade desta gente inerte  e desta casta de meninos mimados pra melhorar seus salários e receber condições dígnas de trabalho, considere-se, desde já, fadado a trabalhar como a maioria dos brasileiros honestos desse país: "Desmotivado", com fome e sem reconhecimento. 
Afinal, quem precisa de Polícia?

domingo, 23 de outubro de 2011

"TEMPOS MODERNOS".


 
Tempos modernos. "Modernos" tempos de hoje! Da televisão e da ciberconectividade (não se preocupe, embora seu filho não saiba muita coisa, ele vai saber o que é isso). 

Tempos de fragmentação, de libertinagem e, sobretudo, da cultura do mal.
"Sexo, Drogas e Rock N' Roll" já não é mais apenas uma metáfora da vida ou uma simples divisa de alguma filosofia de libertação: É, por sí mesma, uma sentença de irresponsabilidade moral, de perversão do caráter e da auto-satisfação a qualquer preço. 

O Mundo está definhando!

Na música, na arte, na política e nas relações afetivas, o fútil parece ser  a morada comum de toda criação. A Banalização da idiotia já nem causa mais qualquer frisson na percepção das pessoas, que, parece-me, estão atrofiadas e presas a algum totem  apocalíptico. Sei lá, me parece uma espécie de danação absoluta previamente anunciada. Elas, as pessoas, estão de tal forma amarradas ao rito de passagem dos tempos, que deixaram de criar, de conjecturar e de perceber a arte e a energia criadora com qualquer outro "olho" que não o do mercado.

Veja o videoclipe acima.

O Que você vê?

Provavelmente, gente mal vestida e cantando baladas melosas, que não entram na cabeça dos filhos dos tempos modernos (você).

Gente que cantava em conjunto. Coisa que hoje é IMPOSSÍVEL. Hoje, as pessoas apenas iniciam sua carreira em dupla, trio ou quartetos, e, ao menor indício de sucesso (e dinheiro) pôem termo na parceria que lhe abriram as portas da fama. Nosso mundo, hoje, é assim.

Provavelmente, eles, os Manhattans (no vídeo acima), assim como tantos outros criadores de outros tempos não teriam espaço na TV de hoje. Não passariam nem pela porta das rádios ou tampouco se apresentariam  em algum desses circos que chamamos hoje de festivais.
Provavelmente, seriam hostilizados e zombados por seus trajes não descolados e sua coreografia demodê!
Certamente, suas baladas melosas e socialmente responsáveis não teriam impacto de mercado. Coisa que nossa cultura do consumo não tolera. O Amor, enfim, é um assunto piegas, diriam.
E Não se engane, não é apenas uma questão de que estamos vivendo em outros tempos, ou que cada época tem a sua cultura, sua moda e é movida por uma energia criadora diferente. 
Isso é balela e conversa fiada. Não estamos simplesmente vivendo em outros tempos, mas sim outros tempos: De medo, de covardia, de mediocridade e de atrofia intelectual acelerada.
Embora os anos passem e as coisas mudem, o Bem sempre é minimamente identificável. Quando optamos pelo "olho do mercado", pela ganância de fazer dinheiro a qualquer custo, optamos tambem pelo Mal.  

É Patético você imaginar que as pessoas não conseguem perceber que quando deixamos de enxergar a beleza que havia por trás das grandes criações do século XX, trocando-as pela futilidade e o vazio sentimental  de produtos como a Lady Gaga (exemplo de um efêmero artista enlatado),  estamos abrindo caminho para um gesso moral e sentimental que cada vez mais corrompe as gerações que aí estão, pobres de espírito, amorais e irresponsáveis: vivem da ganância da fama passageira, "comendo e bebendo" seu lixo eletrônico idiota. 

Tempos "Modernos" de um mundo hipócrita, medíocre e  ignóbil. 

 

sábado, 24 de setembro de 2011

O ROCK NO MEDÍOCRE PAÍS DO FUTEBOL, DO SAMBA E DO CARNAVAL.




"É dia de Rock", diz o merchandising da tv em alusão ao "Rock In Rio 2011".

Rock? Mas que Rock?

O Que eles chamam de "Rock" é uma espécie de carnaval "fora-de-época"  regado a uma meia dúzia de cantores temporões, palhaços de algum trio elétrico baiano.

É Impressionante a capacidade que o brasileiro tem de transformar qualquer coisa em carnaval.

Quem disse que esses palhaços tropicais (que alguns chamam de artistas) tem alguma coisa a ver com o Rock 'N Roll?

Rock 'N Roll não é micareta e nem terreiro de Umbanda. O Rock é um conceito, não é apenas esses simples metaleiros de finais de semana vestidos de preto.
O Que as pessoas no Brasil fazem, desde a "morte" de Legião e do "silêncio" de nossos poucos sons pensantes, é aniquilar qualquer memória da diversidade musical no país, já que a mediocridade desse povo tende a transformar tudo, inclusive os festivais de Rock, passando pela música e a política, numa micareta baiana ou numa escola de samba.
Há uma clara tendência de se nivelar o mundo por baixo (nesse caso bem por baixo).
O "Rock in Rio" não tem mais o direito de levar esse cod-nome. Deveria se chamar Carna-Rio, MediocreFolia ou qualquer dessas outras coisas que tem a ver com essa salada fonética tropical.

O Rock vai mudar o mundo! É o que se dizia décadas atrás. Agora, quem se arrisca a dizer uma sandice dessas quando nossos "roqueiros" não passam de um Carlinhos Brown estrovertido ou de uma  "baiana" gostosa?

País medíocre esse Brasil!

domingo, 11 de setembro de 2011

11 DE SETEMBRO: QUEM É O TERRORISTA AFINAL?

Talvez a imagem de crianças asiáticas fugindo dos “coquetéis americanos”  sugira uma resposta!
 11 de Setembro é uma dia emblemático na história da humanidade. Muitos irão lamentá-lo como o dia da carnificina do Word trade Center. Outros, porém, irão até saudá-lo como o dia em que o Tio Sam pagou o preço por sua maldita arrogância.
Nunca é demais lembrar que toda história (ate a da carochinha) tem dois lados. A peleja "entre" o Tio Sam e o senhor Alá, não poderia ser diferente:

O Terror se levantou contra a América. Facções demoníacas de feição religiosa atacaram o povo americano e cuspiram em seu solo. Com esse ataque, toda a comunidade global foi hostilizada e colocada sob o gume da espada do Mal. É preciso remover a poeira que ainda paira sobre nossa tez e partir para a luta contra o INIMIGO, ele agora se escarnece jubiloso por ter manchado de sangue a face da humanidade.”

Com esse discurso, Jorge W. Bush, logo após os atentados de 11 de Setembro, declarava guerra ao terrorismo, fantasma que se ressuscita quando, por exemplo, um diretor da CIA vai ao congresso anunciar que a crise econômica é o novo “demônio” a ser combatido, pois ele estaria ofuscando o controle sobre o “Mal que vem do Oriente”. Não te espanta a facilidade com a qual esses Yankes criam e sepultam “demônios”?

Essa guerra contra o terror, seria até uma reação justa a priori, afinal de contas, a filosofia de “oferecer a outra face” nunca foi fonte de inspiração para a diplomacia internacional. Por outro lado, até que ponto seria possível distinguir, nesse quadro de terrorismo, o vilão, do mocinho? O mais lógico, inclusive, seria ilustrar esta postagem com alguma imagem dos atentados de 11 de Setembro, com algum iconoclasta de fisionomia árabe ou o próprio World Trade Center ardendo em chamas. Mas é preciso recontar a história, tirando dela a nuvem de poeira que costuma distorcer a verdade.

É indiscutível que o atentado de 11 de Setembro tenha sido uma barbárie declarada. Negar a carnificina de um ato tão hostil seria tão criminoso quanto a própria barbárie. Mas às vezes, é interessante distinguir os fatos políticos da mera ideologia política. Acho um tanto quanto incongruente, por exemplo, que estes snobes estadunidenses (que adoram se intitular "americanos", como se fossem o único povo da América) se mostrem tão horrorizados com o sentimento anti-americanista que cresce entre árabes, não árabes e talvez até entre os marcianos. Na verdade, não estranhem esse termo (Estadunidense), pois é assim que deveríamos nos referir a esses Yankes, pois AMERICANOS somos todos nós: brasileiros, canadenses, chilenos e “até” argentinos, ou a América (continente) é dos “americanos” (estadunidenses). 

Como se o mundo fosse o quintal da Casabranca!
“Tudo que vem do Islã ou do Mundo Árabe é terrorismo”, obviamente que o fato de lançar uma bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki não é, seria no máximo um ato de guerra legitimado por uma “excludente de ilicitude” de cunho patriótico com base na autodefesa.

Claro que a morte de cerca de 220 mil inocentes não é genocídio, é, no máximo, a marca da eficiência da máquina de guerra dos USA.

Talvez os milhares de aleijados que existem e existiram por todo o Japão sejam fruto da minha “imaginação comunista“, tão fértil que é capaz até de imaginar aviões da USAF (Força Aérea Americana) despejando o “agente laranja” sobre as florestas do Vietnã.

Mas tudo isso é por que eu sou um subversivo, é claro. Aliás, é engraçado a maneira como o mundo ignorou, nas décadas seguintes à segunda grande guerra, os milhões de Hibakusha, palavra japonesa que é traduzida literalmente por “pessoas afetadas por bomba” e que designa o indivíduo contaminado pela radiação nuclear bem como o portador das diversas necroses e modalidades de “câncer hereditários” provocados pela energia nuclear.
Quem suportaria um desfile de tanques estrangeiros pelas ruas de seu país, ostentando uma bandeira “inimiga” que simboliza a opressão, o esbulho e a tirania? Seria muita ingenuidade do “Tio Sam” esperar gratidão de um povo que sofre há décadas vendo seu país ser tratado como uma senzala. Sempre fui muito diplomático, mas às vezes é necessário massagear nosso senso de autodeterminação para não sucumbir às ideias enlatadas que são empurradas contra nossa “guela”.

Aliás, e a Amazônia hein…

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

AS "MIL E UMA NOITES" DE BRASÍLIA: EPISÓDIO DE HOJE, "AQUI-BABACAS" E OS 285* LADRÕES


Contextualização, 30-08-11Em votação secreta, o plenário da Câmara dos Deputados absolveu, por 265 votos a 166 (com 20 abstenções), a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) do processo que pedia cassação de seu mandato. Ela foi flagrada recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa.
* - Apenas uma  parcela (pequena parcela) do Total
 
285. Esse é o número.

É o número de Deputados que assistiram ao vídeo acima e não viram nada demais.
É o número de Deputados que votaram contra a cassação de Jaqueline Roriz (ou se abstiveram de participar dessa "festinha da democracia").
É o número de ladrões, ladras e gente de igual índole que vê na deputada Jaqueline Roriz mais uma vítima da perseguição do povo (maldito povo!).
É o número de comparsas que vêem em Jaqueline Roriz um exemplo de transmissão genética da política, ao seu melhor estilo (a moça é filha de Joaquim Roriz, ex-governador do D.F e ex-senador, cargo do qual renunciou em 2007 para escapar de processo de cassação)
É o número que representa uma parte do todo que quer convencer você, Policial Militar brasileiro, você Professor, você, da saúde, que não há dinheiro ou recurso público como eles gostam de chamar, para aprovar a PEC 300, a Emenda 29 ou qualquer outro projeto que signifique menos dinheio disponível para as "transações de porão", de meia e de cueca.
285, é apenas uma parte dos políticos desonestos que estão pressionando o governo com estas ameaças hipócritas de CPIs, cujo objetivo é conseguir mais cargos no governo, nas empresas ou nos ministérios. Ou você acha que alguêm quer apurar alguma coisa?

190.732.694. Esse é o número.

É o número de desafortunados brasileiros segundo o censo 2010 do IBGE.
É o número de babacas que morrem de fome...
(Que morrem assaltando... 
Que morrem assaltados...)
É o número de babacas que fazem greves idiotas que não dão em nada...
É o número de babacas que deixam seus "representantes" exigirem votação secreta em todo processo de  cassação por corrupção e acham absolutamente normal. 
É o número de babacas que saem de casa de madrugada, religiosamente, 4 meses do ano, apenas para sustentar a camarilha de Brasília (ou você acha que os impostos têm outra utilidade?)
É o número de babacas (e bota babaca nisso) que trabalham na Polícia, nas Escolas, nas Creches e nos diversos "açougues" país afora recebendo uma miséria de salário...
É o número de babacas politicamente corretos que culpam a polícia pela desordem social do país enquanto os negros, pobres e "putas" são sumariamente empurrados contra a parede da marginalização pelo sistema socioeconômico. Mas a culpa é sempre da polícia...
É o número, sobretudo, de um país burro, covarde, tolerante e moralmente incapaz, que enxerga essa roubalheira, pouca-vergonha e safadeza há 500 anos e ainda não decapitou ninguêm:
Nem um deputado sequer!

País medíocre esse Brasil...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

"CARTA"


Vídeo-Poema "Carta", de Carlos Drummond de Andrade, na voz de Paulo Autran, com edição e  "estética" produzidas pelo Blog.

Abaixo, íntegra do poema:

Há muito tempo, sim, que não te escrevo.
Ficaram velhas todas as notícias.
Eu mesmo envelhecí: olha, em relevo
estes sinais em mim, não das carícias
(tão leves) que fazias no meu rosto:
são golpes, são espinhos, são lembranças
da vida a teu menino, que ao sol-posto
perde a sabedoria das crianças.

A falta que me fazes não é tanto
à hora de dormir, quando dizias
"Deus te abençoe", e a noite abria em sonho.

É quando, ao despertar, revejo a um canto
a noite acumulada de meus dias,
e sinto que estou vivo, e que não sonho


Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

COISAS QUE FREUD NÃO EXPLICA: GARI, O ANTI-HEROI CAPITALISTA




"Não pode haver felicidade quando as coisas nas quais acreditamos são diferentes das que fazemos". 

A Frase de Freya Stark contrasta com o atual momento da humanidade. Um tempo em que as pessoa roubam e matam ao mesmo tempo em que torcem pela paz. Um tempo em que jovens e crianças aprendem cada vez mais rápido que fazer a coisa certa é tarefa dos fracos e tolos, que cultivar uma vocação profissional só vai valer a pena quando ela facilitar sua participação no "big brother" ou quando seu instrumento de trabalho for sua bunda de melão, melancia ou outra coisa comestível.     

Hoje, vivemos a ideia de que, na vida, tudo tem um preço.
Mais do que isso, na verdade, "somos" aquilo que temos, desejando, eternamente, aquilo que ainda não temos, trocando, sempre, o ser pelo ter, como forma de acentuar uma visão de mundo que, de fato, vai dos olhos ao bolso sem passar pela alma.
Essa é a fragmentação de nossa identidade emocional, e, sobretudo, do caráter das pessoas. Afinal, se todos têm um preço, ninguém é plenamente íntegro e ninguém conhece, de fato, outra felicidade que não a oriunda do materialismo social.   

Essa é a concepção capitalista de uma sociedade de consumo que, literalmente,  elegeu o paradigma da satisfação material como pilar de sua existência. Liberdade, agora, é uma expressão vazia, sem sentido e  um lugar-comum que não diz nada a ninguém, a não ser que podemos matar, roubar e nos prostituir na TV sem que o chato do governo venha nos encher o saco.

Pra que profissão, se as pessoas podem vender o corpo, a alma ou trocar estes "produtos" por seu medíocre lugarzinho ao sol?

Talvez só o menino Petros, de 4 anos, morador de Belo Horizonte, no ápice de sua ingênue e pura visão de mundo alimente sonhos diametralmente opostos ao que este mundo voraz e egoísta espera dele.

Acreditem, o menino de "classe média", sonha em ser gari!

Vê na profissão dos lixeiros (muito nobre por sinal, na medida em que nobreza é qualidade intrínseca a qualquer profissão moralmente idônea), uma forma de satisfazer a saudável devoção dos meninos pelas atividades de correria, aventura, que envolvem máquinas, carros e sobretudo, uniformes.
O Vídeo acima, impressiona. Tem um apelo moral fantástico, porque nos leva a questionar a razão pela qual aquele menino, num universo de tantas opções profissionais, opções de mercado, diga-se de passagem,  mais viáveis e confortáveis, foi escolher justamente a profissão de gari como objeto de desejo e idolatria. 

Talvez  a manifestação do pequeno Petros seja só um devaneio de criança, do menino que viu e se divertiu com a correria dos "caras uniformizados" entrando e saindo, freneticamente, pelas ruas do seu bairro atrás de um "caminhão-basculante", que embora sujo e de odor não agradável, é o (brinquedo) sonho de consumo de todo menino, rico ou pobre.

Talvez a opção do garoto, seja, de fato, o chamado que inspira sentido e valor à palavra vocação, que independe de apelos comerciais e que já tenha, desde cedo, fisgado-lhe a atenção. Creio que, no mundo de hoje, apenas as crianças AINDA consigam enxergar coisas assim.

Mas provavelmente, a opção do menino é um alerta para esta sociedade corrompida e suja, a prova de que, no mundo vazio e carente de herois de hoje em dia, o menino tenha encontrado na figura do simples gari brasileiro, uma forma de carisma e magnetismo que não se encontra mais por aí.

O Metabolismo cruel e artificial da sociedade de consumo, aniquilou os herois de outra época, super-homens e "he-mans", homens do bem que defendiam o mundo das "forças-do-mal",  foram trocados por jogos de violência e exploração sexual.   
O Heroísmo do gari e seu misterioso magnetismo que atraiu este e outros meninos, talvez seja explicado pelo fato de que, ao contrário de nossos líderes e herois enlatados, o gari, incrível e paradoxalmente, não tenha se “sujado” com a corrupção, com a pornografia, com a mediocridade e com os diversos "cânceres" do mundo contemporâneo: "lixos" modernos de nossa sociedade. O menino Petros, quem sabe, seja a semente de uma geração prometida a milênios pra varrer nosso mundo da mediocridade instalada.

Gari, o heroi que luta para limpar nossas ruas, é, de fato, um heroi legítimo daqueles  que,  embora vejam, não compreendem ,"AINDA", toda "sujeira" do mundo.  

domingo, 7 de agosto de 2011

A POLÍTICA E A DICOTÔMICA "FRAQUEZA CIVIL".

Ex-Ministro da Defesa Nelson Jobim















"Reis e Peões. Imperadores e Tolos."

Esta é a frase com a qual  Napoleão Bonaparte, na "obra" de Alexandre Dumas, ironiza as relações sociais sob o enfoque da correlação entre os opostos, mais precisamente, na curiosa dependência entre os extremos: Fortes e fracos, ricos e pobres, senhores e escravos.

Assim é, na vida, as relações sociais mais comumente reproduzidas ao longo da história. É assim que o descreve Marx em sua luta de classes.

Na política, não é diferente.

Força e fraqueza, aqui, estão intimamente ligadas à conquista e à manutenção do poder. Geram a mais conhecida e tangível relação de extremos sociais:  a de Governo e governados.

Ele, o governo, talvez seja a mais perfeita encarnação da força (geralmente o governo é a própria força), em contraponto às massas sociais, extremo de fragilidade e de debilidade dessa relação.

Em seu Leviatã, Hobbes pontuou iconograficamente esse flagelo. E assim é a política. Eterna tensão pela conquista e manutenção do poder.

Na historia da humanidade, essa tensão é, via de regra, a causa e, curiosamente, o efeito das ações do governo.

O Caso do Ministro Jobim registra bem essa anômala relação causa-efeito..

Jobim, ex-ministro da defesa, encarnava bem o papel sugerido pela pasta. Chegou a "vestir" farda, endureceu seu discurso político e passou a representar, de uma forma ou de outra, através da pasta da defesa, uma sólida coluna de força do governo. A Defesa, então, deixou de ser um posto de tenencia e de "políticos fraquinhos" para encabeçar a política nacional. Voltou, enfim, a ser o assunto do Estado.  

Jobim bebeu da fonte, e se encantou.
Passou a criticar seus colegas da esplanada, ditos mais frágeis, menos incisivos. Segundo ele próprio, os "fraquinhos".

Esse entrevero ideológico, entretanto, custou sua saída do governo. Mas Jobim deixou seu recado.
Curioso é que, à revelia de um latente sentimento de desconforto com a postura de Jobim, parece-me que, de fato, o governo levou a sério e considerou, e muito, essa necessidade de pulso, de força, celebrada pelo ex-ministro. 

Na mesma semana da degola de Jobim, recheou o Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre-  DNIT, de altos militares, que passaram a ocupar a cúpula do órgão federal, em crise moral e de probidade desde os recentes episódios de corrupção e exoneração em massa dos antigos chefes da pasta. A Troca, numa clara e desesperada tentativa de recuperação moral do DNIT contrasta com a genérica e enraizada ideia da sociedade acerca dos militares, que tem contra sí, um antigo e idiota revanchismo civil alimentado por gente que não leu, direito, a história do país.
 
É Curioso observar que os militares, notoriamente achincalhados, como Instituição, por qualquer deslize isolado de um de seus membros, são, SEMPRE, o achado perfeito para a solução das crises.
É Curioso inferir que o militar, que segundo a lógica civil brasileira, é sinônimo de abuso de poder, de corrupção, de propina e de violência, seja SEMPRE uma espécie de remédio moral para a nação.
É Curioso como gostam de achincalhar os militares, seus modos, rotinas e "hábitos", quando o que se vê, na verdade, são pessoas que, ao mesmo tempo em que reproduzem, por osmose, o discurso hipócrita de "que a farda modela o corpo, mas atrofia a mente", na primeira oportunidade que se lhe apresentam, adoram colocar um uniforme militar e envergar a indumentária castrense.

Jobim é só mais um que trocou o terno pela farda. Nesse caso, a Toga pela farda.


O Brasil é um pobre menino "militardependente".

A reação da presidente Dilma para solucionar a crise do DNIT, é um claro esboço dessa dicotômica fraqueza civil narrada por Jobim.

Com essa nova composição do DNIT, nos termos em que foi providenciada, acentua-se a ideia de que existe, de fato, uma dependência da sociedade em relação às  Instiuições Militares, que, queiramos ou não aceitá-lo, na atual conjuntura de perversão moral  da política e dos valores socialmente aceitos, representam uma espécie de ultima ratio da lei, da ordem, da hierarquia, da eficiência e da disciplina, princípios que, no Brasil, são facilmente trocados por favores políticos.
 
Os militares, de novo, vão salvar o País?

sábado, 23 de julho de 2011

JESUS, MEU ESCUDO, MINHA FORTALEZA: MEU AMIGO!

 

É Hora de agradecer a Deus!

Pelo conforto, segurança e pela eterna promessa de Salvação: 

Hoje, é um dia da salvação!

É Sempre hora de se voltar para Deus!

domingo, 10 de julho de 2011

A "DANÇA" DOS MINISTROS E A DISTORÇÃO DA REPÚBLICA

Os Litores levam ao Cônsul Brutus os Corpos de seus Filhos
Este é um óleo sobre tela do francês Jacques-Louis David.

David foi pintor oficial da corte francesa no século XVIII, servindo, tambem, num segundo momento, à Napoleão Bonaparte.

Jacques-Louis David foi um expoente do neoclassicismo, movimento cultural de forte interesse pela cultura da antiguidade clássica. Seus quadros, como o acima, retratam a história e os princípios filosóficos daquele período, motivo pelo qual, pode-se aferir, apresentam um considerável contorno político.    

Neste seu trabalho, David aborda um episódio da Roma Antiga, no qual Brutus, o consul romano, depois de conhecer um estratagema de seus dois filhos para derrubar o governo, ordena suas sentenças de morte.

Aos olhos de nossa modernidade política, o fato é mais uma tragédia que um ato heroico. Na verdade, seria trágico, se não estivéssemos falando da República.     

E esse é um feito eminentemente republicano: A res pública, entendia Brutus, não deve ceder às predileções pessoais, tampouco às paixões do sangue. Se alguem tramou contra o "Estado", deveria morrer em prol da preservação e segurança do próprio Estado.

Brutos, na figura de David, exprime, de forma sutil e máscula, toda sua dor pela morte dos filhos. O Faz de forma comedida, serena e sóbria. Como homem público não poderia fazê-lo de outra forma.

A República exige sacrifícios.

Comparar a abnegação dos romanos e de outros povos antigos, com nossa renegada e distorcida concepção da República é quase um sacrilégio.Sinceramente, acredito que nosso homem público não passa de um pífio manobrador do sistema.

Não há, entre nós, um só político que tenha tomado, efetivamente, a República como ela verdadeiramente é.

A "dança das cadeiras" no governo Dilma é uma prova disso. Mal iniciou-se o governo e alguns dos seus principais ministros já foram paulatinamnete ostracizados. Todos eles, por uma, digamos, incompatibilidade com a coisa pública.

Um ostracismo, entretanto, à contragosto da Presidente Dilma. 

Nota-se, que cada vez mais, essa misteriosa "boa vontade" dos nossos dirigentes em tolerar atos anti-republicanos dos deputados, senadores e é claro, dos ministros, não se interrompe. A Leniência da "justiça civil" no nosso País é indiferente às "sensações", ao frenesí causado pela inaptidão republicana gerada pelos deslizes do nosso homem público.

Dilma, como se sabe, não "decaptou" seus filhos (os ministros), por vontade própria. Ao contrário, os manteve até que a situação, em sí, de extremo desconforto, cuidasse em expurgá-los do governo.
 
Uma  compulsão de paixões pessoais, de predileções e favoritismos parece ter se instalado, eternamente, no Brasil. 

A abnegação de Brutus, sua civilidade política, é o princípio que, parece-me, distingue não apenas as instituições romanas das instituições no Brasil, distingue, na verdade, os cidadão de lá dos cidadãos daqui. Aqueles eram, de fato, cidadãos. Os nossos são, quando muito, "lobos" no papel de cidadãos. 

     

domingo, 3 de julho de 2011

FRANZ KAFKA.

Franz Kafka
Poucas datas tem tanta importância para a literatura mundial quanto aquelas que trazem ao mundo, os indeléveis gênios da escrita.

Hoje, 3 de Julho, aniversário de nascimento de Franz Kafka, é uma dessas ocasiões. Por sí só, dispensa postagens complexas, descrições de estilo e outras elocubrações. Mais um daqueles raros casos em que a obra fala por si mesma e pelo próprio autor.

O leitor, entretanto, pode se perguntar que tipo de homem é esse que a título de resposta ao próprio pai é capaz de escrever uma das maiores relíquias da literatura universal, fazendo de seu tormento pessoal o testemunho de uma vida aniquilada e a expressão mais efusiva de um desabafo. Em maio de 1919 Franz Kafka editou uma Carta de mais de 50 páginas, tudo, para responder a uma indagação do pai. Ele nunca a enviou, mas sua "Carta ao Pai" tornou-se uma epístola à posteridade, um grito de desespero ante a figura dominadora do pai, um serrote colocado ao pé do cárcere humano.

Kafka nasceu em Praga, a 3 de julho de 1883, filho de um bem sucedido casal de judeus. Sua vida familiar é marcada pela figura dominadora do pai, comerciante próspero que fez do sucesso material a tábua de valores para sí e para os outros. “Na obra de Kafka, a figura paterna aparece associada tanto à opressão quanto à aniquilação da vontade humana”, especialmente nesta célebre Carta ao Pai.

Formado em Direito pela Universidade de Praga, Kafka passou a frequentar os círculos literários e políticos de sua comunidade judaico-alemã, tendo empregado-se mais tarde como inspetor de seguros numa Companhia de seguros da Boehmia. À epoca dos estudos, conheceu Max Brod, seu grande amigo e posterior biógrafo e depositário de sua obra.

A Vida emocional de Kafka foi um “campo de batalha”, teve diversos noivados e amores infelizes, circunstancias que lhe impregnaram o sentimento de solidão e desamparo, frustações que jamais o abandonaria e que tornar-se-iam, inclusive, sua marca literária. Não bastasse as atribulações de ordem sentimental, Kafka contraiu tuberculose, passando a submeter-se a longos períodos de repousos e tratamentos, fenômenos fisiológicos que fizeram dele um escravo de sanatórios e balneários.

Em que pese o inferno astral que teimava-lhe em roubar a capacidade de expressão e ignorando os pensamentos de suicídio, antes fazendo deles uma mola propulsora para escrever, Kafka produziu as maiores pérolas da literatura mundial. Contos, cartas e diários constituem uma fortuna crítica que fizeram dele um baluarte do século XX. Sua característica vai da prosa ao romance, da ficção às narrativas do cotidiano. Seus escritos não se encaixam em nenhum estilo literário tradicional, o que torna seu “magistério” ainda mais peculiar: “O EVANGELHO DA PERDA”, “O POETA DA PENUMBRA”, “O ESCRITOR DO LUZCO-FUZCO”, são vocativos referencias que lhe acompanham.

O Poeta da penumbra imortalizou personagens neurastênicos como Gregor Samsa e Josef K., além de aforismos e fragmentos literários como a passagem “À porta da Lei” (Cap.IX de O Processo) ou o trecho de Carta ao Pai que diz: “Minha atividade de escritor tratava de tí, nela eu apenas me queixava daquilo que não podia me queixar junto a teu peito” . A obra de Kafka deu vida a movimentos artísticos como o surrealismo, o existencialismo e o teatro do absurdo, criando esteriótipos e paradígmas que fizeram dele mais que um escritor, ele tornou-se a Literatura em seu Próprio Crepúsculo. 

Entre suas obras imortais estão a já mencionada Carta ao Pai, O Processo, A Metamorfose, Na Colonia Penal, O Castelo, além de O Veredicto e Um Artista da Fome. 

Kafka morreu em 3 de Junho de 1924, um mês antes de completar 41 anos, em Kierling, na Áustria, sem conhecer fama ou ter qualquer reconhecimento literário. 

Antes de falecer, entretanto, Franz Kafka pediu a Max Brod que queimasse seus arquivos ainda não publicados (entre eles, O processo), no que, felizmente, não foi atendido, para nosso bem e para riqueza da Literatura.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

NOVELAS DA GLOBO, DO ENTRETENIMENTO AO DESSERVIÇO.


 A Qualidade da Rede Globo de Televisão é indiscutível.

Considero a tradicional emissora carioca como padrão de excelência empresarial.

Seu staff televisivo é referência de informação, entretenimento e de prestação de serviços. Seus tele-jornais têm uma profusão inigualável de exatidão, de confiabilidade e de crédito.

Enfim, existe um "padrão globo" de fazer Televisão.

Mas isso não dá direito à emissora dos "Marinho", de distorcer o mundo, de criar realidades paralelas e, principalmente, de corroer a cabeça das pessoas, plantando informações mentirosas, levianas e, sobretudo, COVARDES.

Covardes, sim, porque se aproveitam de todo o "crédito a priori" que acompanha o marketing global para fazer nascer ou reforçar preconceitos, ódios ideológicos e animosidades entre as massas e as instituições nacionais.

A Covardia, dessa vez (como em tantas outras vezes), é dirigida contra a Polícia, mais especificamente contra os policiais militares de todo o Brasil.
É inegável que o policial brasileiro, tradicionalmente achincalhado pelos meios de comunicação, tem sua parcela de culpa nas reiteradas críticas pelo caos na segurança pública, e principalmente, por parte da desconfiança que cerca a profissão, seja pelos casos de corrupção policial, seja pelo abuso de poder e violência policial.

Agora, dizer que a corrupção e afazeres subalternos são atividades inerentes à PM, é covardia!
É Covardia, porque não é verdade!
É Covardia porque trata a exceção como regra.
É Covardia, porque inverte a ordem natural das coisas, retirando do policial brasileiro sua legitimidade presumida, para fazer dele um ente simbólico de perversão, violência e corrupção.

Corrupção é coisa da PM!

Nosso heroi, agora, é o bandido!

Ladrões e Estupradores são os novos mensageiros da Lei...

Quem é você, Globo, pra erigir esse novo padrão de moralidade?

Curioso é que não me lembro de alguma novela ter classificado o gênero "Atores e Atrizes" como ASSASSINOS NECESSÁRIOS depois de o ator da Globo Guilherme de Pádua ter matado a tesouradas a atriz Daniela Perez!

Não me lembro, igualmente, de alguma novela ter reclassificado a classe dos jornalistas como SANGUINÁRIOS ASSASSINOS quando Pimenta Neves ceifou a vida da também jornalista Sandra Gomide.

A Lógica global é:

Existe Corrupção nas Polícias.
PMs são policiais.
Logo, PMs são corruptos.                             

Ora, Globo, esse silogismo malígno é a sua lógica? 

Se não me engano, a lógica do silogismo é ser genérico e abstrato, ou seja, se uma premissa absoluta vale para a PM, vale, na igual medida, para o Ministério Público, para o Judiciário, e inclusive, pra você, Globo!

Assim sendo, poder-se-ia dizer:

Guilherme de Pádua era ator da Globo.
Guilherme de Pádua é assassino.
Logo, os atores da Globo são assassinos.

Sei que, às vezes, esse acesso de leviandade, pode refletir apenas a opinião ou o ranço de um ou outro produtor, diretor ou novelista. Mas onde está o padrão globo de excelência, de revisão editorial, enfim, o decantado "compromisso social" da emissora?

"Obrigado", Globo, pelo desserviço prestado ao País!
       

segunda-feira, 27 de junho de 2011

COME SHARE MY LIFE (VENHA COMPARTILHAR MINHA VIDA...)

Existem músicas que falam...

Mesmo quando não fazem uso de letras ou qualquer arranjo liguístico elaborado, elas falam. Acreditem!!!

sábado, 11 de junho de 2011

NOSSA SOCIEDADE ALTERNATIVA

"Saindo pela porta dos fundos"
Algumas coisas são inexplicáveis.

Do ponto de vista da filosofia, isso seria uma inferência lógica da nossa limitada capacidade de conhecer, em todas as circunstâncias da vida, a verdade efetiva das coisas.

Do ponto de vista da sociologia, entretanto, isto pode demonstrar a forma como nós nos resignamos à certas verdades por força de nossa incapacidade de resistir à covardia e a comodidade a que o poder nos resígna.

Isto se aplica, em gênero, à forma com a qual lidamos com o recente caso Palocci.

Palocci, em razão da sua anterior danação moral, era personagem non grata no cenário político brasileiro.

Os anos, poucos anos, se sucederam, e a figura de Palocci, falsamente libertada e redimida de um episódio mal contado, retornou do limbo, pronta para escrever, quem sabe, os novos capítulos no "livro da vida lôka" tupiniquim.

Pronto!

Palocci reinventado, entra novamente na vida do famigerado Brasil.

Entra, e, de novo, sai.

De novo, pela porta de trás.

De novo, sem dar explicações dignas.

De novo, como alternativa à verdade.

Verdade não contada de um homem reinventado porém igualmente insabatinável.

Imperscrutável...

Inalcançável...

Imune à justiça, e às perguntas que não se calam, mas que se silenciam nas comissões do Congresso.

Pra que se submeter às duras leis feitas pra pobre, e encarar o nefasto processo penal brasileiro, se podemos apenas trocar de ministro?

Sai Palocci. Entra Gleisi.

Sai a ética, a lei e a moralidade. Entram as velhas e recorrentes certezas de que embora os anos passem, haverá sempre uma saída à brasileira.


Nossa sociedade medíocre substitui o castigo da Lei por um castigo alternativo, não o das leis e regulamentos, mas um castigo de fundo de quintal, de mâe pra filho, de Lula pra Palocci, de Dilma pra Palocci.

É Assim que se fazem as coisas nesse país:

Saindo pela tangente, e de preferência, rumo a um spá!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SUA EXCELÊNCIA, O PALHAÇO!

Há algum tempo atrás, publiquei um texto sobre a eleição do "palhaço Tiririca" à Câmara Federal.

A Crônica, disponível no endereço "Terra Blogs" foi uma abordagem alegórica à "nova velha" classe de políticos do Brasil:

Os Palhaços! 



Achei que ficaríamos por alí, apenas com aquele episódio.


Vã ilusão, porque parece que o Tiririca fez "escola"!

Hoje (21), o prefeito de Manaus deu mais uma prova irrefutável de que eles, Suas Excelências: os "Palhaços", estão, de fato, colonizando nossa República Tupiniquim.

Mesmo sem os tradicionais narizes vermehos, esses palhaços de terno continuam com suas afiadíssimas piadas (que alguns chamam de políticas públicas) sobre o povo brasileiro:

(contexto do vídeo: Uma mulher e 02 crianças haviam acabado de morrer após soterramento provocado pela miserável condição de moradia dessas pessoas)   


De novo, TOMA QUE O NARIZ É SEU!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

BEETHOVEN: UM MUNDO VISTO DOS CÉUS!




A 9ª Sinfonia de Beethoven (Ré menor Op.25), a obra -prima da música erudita.

Pela primeira vez na história da música clássica era inserido um coral no movimento de uma sinfonia.

O texto é uma adaptação do poema de Schiller, Ode à Alegria , concebida pelo próprio Beethoven. Trata-se de uma exaltação dionisíaca da fraternidade universal, um apelo à aliança entre artes irmãs: a poesia e a música.

Sabe-se que ao compor a 9ª Sinfonia, em razão da surdez, Beethoven não podia sequer perceber nuances timbrísticas, estava praticamente surdo.

Acredita-se, entretanto, que àquela altura, o genio não mais necessitava ouvir o que compunha, pois era capaz de "ver" e perceber "padrões estéticos (ou matemáticos)" de sons, uma espécie de animação visual que superava a ideia meramente auditiva.

Segundo consta, na primeira apresentação de sua 9ª sinfonia, estava ele abstraido de tal forma na leitura da partitura (e na construção de “paisagens sonoras”) que não percebeu que estava sendo ovacionado pelo público às suas costas:
Apesar do aplauso ensurdecedor da platéia, ele permanecia em inercia, até que foi tocado no braço por seu auxiliar, volvendo-lhe a atenção para o público, que de pé, o aclamava.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

BRASIL: A CONVENIÊNCIA A SERVIÇO DA PÁTRIA!
















É foda!

Entra dia  e sai dia, e as coisas nesse país não mudam. 

Aliás, mudam pra pior!

Sai "Sarneys" entra "Sarneys" e a camaradagem entre política e safadeza continua...

O Rio que o diga!

Lá, exoneram o Chefe da Polícia Civil por que ele teria "permitido" o extravio de drogas, armas e outros objetos durante a ocupação do complexo do alemão.

No fundo, todos sabemos que na verdade, a exoneração (uma satisfação mal dada à sociedade) é apenas uma tacada de mestre pra se manter a "APARENTE" lua-de-mel entre o povo carioca e as forças de segurança.

Depois dessa exoneração programada, a Polícia Federal indicia o mesmo ex-chefe da policia fluminense.

Por quê só ele?

O indiciamento, por Violação do Sigilo Funcional, foi motivado no alerta que o então chefe da PC teria emitido a agentes cariocas acerca da vindoura operação guilhotina.

Curioso é que o possível alerta que ensejou o indiciamento teria sido emitido logo após uma ligação que o Secretário de Segurança do Rio efetuou para o então chefe de polícia civil abordando desvio de conduta de agentes fluminenses.


Pergunto:

Se a ligação do Secretário de Segurança do Rio para o então delegado geral da PC foi o ponto de partida para o "suposto" alerta aos agentes, não estaria a conduta do Dr José Mariano Beltrame, Secretário de Segurança do Rio, dentro daquela conjuntura, que CONFIRMOU, ipisis litteris,  sua ligação para o ex-chefe da PC, tambem sob suspeita?

Parece-me, que há instãncias diferenciadas de juízo de valor nesse país.

Uma para os servidores públicos sem vinculação política (policiais, professores e etc) e outra (ESPECIAL) para os "acima de qualquer suspeita" (políticos), que matam, furtam e roubam com a anuência e o "consentimento" das leis.

É Fácil indiciar um delegado de polícia exonerado.

É Fácil indiciar um PM que nem advogado tem!

Difícil, meu amigo, é chamar o (político) Secretário de Segurança pra dança....

Por que se ele dançar, o Governador tambem dança, e dançam outros deputados, juízes, senadores e uma corja infindável de colarinho branco.

País medíocre esse Brasil!!!

Atualizado em 01/03/11: O Ministério Público entendeu que os argumentos do inquérito policial eram inscipientes e resolveu  não denunciar, nos termos integrais do inquérito, Allan Turnowski. 

Atualizado II, EM 07/03/2011: Procuradoria do Rio de Janeiro vai rever decisão do MP acerca da não denúncia integral de Allan Turnowski. Justiça entendeu que caso deve ser melhor elucidado. 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

"HIP HOP": UM CASO RARO DE DELINQUÊNCIA "DA" ARTE!





Vídeo produzido a partir do clip "original". A Edição não faz nenhum juízo de valor nem acepção das  personagens. A "Crônica" é sobre o conjunto da obra, e não sobre a "criação".

Lí outro dia que o jovem que matou um turista americano por que julgou que os dollares  dele, o gringo,  ficariam melhor se fossem depositados sobre alguma lage no subúrbio, é apenas mais uma vítima do nosso feroz e malvado sistema.

Pensei: Maldito sistema! Apertou de novo o gatilho....

Então vieram esses sofistas modernos, que a pompa intitula de antropólogos, pra repartir melhor a culpa:

 - A Culpa é da polícia, disseram, aliás, onde estava a polícia quando permitiu que esse "menino" de 19 anos puchasse o gatilho?

- A Culpa é da Igreja, aliás, onde estavam os padres e pastores quando não transformaram seus coroinhas em santos cristão?

- A Culpa é do Governo, aliás, onde estava o "Lula" quando o Zé  Pequeno engravidou a  inocente Tatti Quebra-Tudo naquele baile funk?

Sistema, esse é de fato um "menino" malvado!

As coisas estão caminhando para um lado obscuro da vida. Não há mais responsabilidade individual. Ninguem quer pagar a conta de sua própria desgraça. Poucos querem ir além do lugar comum, da mediocridade. 

Raros são aqueles que ainda conseguem distinguir os infelizes e ostracizados meninos dos malditos e repugnates delinquentes juvenis, assassinos precoces e aldazes aniquiladores de vidas.

Uma máscara moderna de sinismo proíbe essa distinção!

A não distinção dos homens marginalizados dos homens marginalizadores, por exemplo, é o que da vida à "vida loka". À Vida sem rédeas e à custa dos outros.

Que permite que essa geração de jovens que idolatram o Hip Hop como forma de ver e viver o mundo., escravizem o resto do mundo. 

Hip Hop, um caso raro de delinquência da arte!

O Meu dicionário de música, por exemplo (e de cultura), é incompatível com esse “submundo” fonético, de palavras e neologismos estilizados que apenas mascaram a opção ostensiva de alguns homens por uma "ética apócrifa", em claro conflito com o sentimento mínimo de organização coletiva.

Não venham me dizer que a expressão cultural é uma clausula sagrada da sociedade contemporânea, ou que o Hip Hop (e suas vertentes) é uma forma de expressão alternativa, “um suspiro dos subúrbios”.

Enquanto condenarem o "certo" e proclamarem o errado, cultivando a vida atrás das grades e banalizando o limite entre o ouvido e a privada será arte non grata.

Cansei desses garotos de bonés estravagantes, vestidos com suas camisetas mensageiras do crime, encenando aquelas poses egoístas e muito, (muito) egocêntricas: Já viram seus cordões de ouro, seus brincos e adereços relusentes?

Suas “pombas brancas” que sangram naquelas camisetas negras não são mais que uma forma patética de ameaça juvenil, encerrada em frases de efeito, do tipo:

“Desculpe Mãe!” ou “Vida Loka!”

"Vida Loka", meu Deus, onde chegamos.

Quando penso que "slogans" como esse atravessam as ruas todos os dias, como uma espécie de "gatilhos ambulantes", imagino que, na verdade, nossas esquinas são um inferno em potencial.


Alimentar esse tipo de comportamento, essa rebeldia alienada, é o mesmo que legitimar  a marginalidade, e reconhecer nela "apenas" mais uma forma de vida alternativa.

Até quando o cárcere e o crime serão a tábua de valores de nossa sociedade?

Imagino que enquanto perseverar entre nós ideologias comos as que são pregadas pelo Hip Hop e suas “correntes culturais”, o mundo estará sempre em perigo:

O perigo de ser escravizado por amebas!