“É muito melhor se arriscar por coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito, que não gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem na penumbra cinzenta que não conhece nem vitória nem derrota.”

Theodore Roosevelt

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

E O OSCAR VAI PARA...


Os deuses da "razão" deram suas caras.

Felizmente, ainda não foi dessa vez que a "academia" se misturou ao  lixo carnavalesco que arriscou a "sobriedade" de Hollywood.

"Rio", o filme, não é um bom nome para agregar uma estatueta ao país.

O Brasil, que geralmente é confundido com o Rio (a cidade), logo, com carnaval, samba e favelas, seria ainda mais introjetado nessa visão nortista aviltante e mentirosa: Nem todo mundo por aqui é carioca ou sambista!
 
Carlinhos Brown, um veranista que a libidinosa "crítica" nacional teima em chamar de artista quase beliscou uma estatueta. Ufa, ainda bem que ficou no quase...

Já ví coisas melhores, muito melhores por sinal, não passarem tão perto.

Entretanto, minha satisfação com a derrota de Carlinhos, na verdade, não leva em conta a "obra" em sí. Pouco me importa a musicalidade ou a sonoridade da composição. Quem é Carlinhos Brown, o "artista"?

Me preocupo, na verdade, (E MUITO) com a projeção do "mundo tupiniquim" representado por Carlinhos Brown.

As anedotas artísticas, círculo musical no qual insiro o "cantor" bahiano, simboliza um lado e um conceito estilizado de um Brasil ignóbil, desleixado e "preguiçoso", que se preocupa mais com marchinhas carnavalescas do que com emprego, política ou educação, por exemplo.

O Brasil que subiria aos palcos de Hollywood, não seria o Brasil do petróleo, do crescimento econômico ou das poucas e anônimas cabeças pensantes daqui.

O Brasil sob os holofotes seria o Brazil da Bahia: Cercado por selvas, "indios", cobras imensas e "garotas in natura". O Brasil carnavalesco, alegre e irresponsável. Caliente, mas imoral. Que só inicia sua vida depois do terceiro mês do ano, quando as pernas de nossas jovens já não aguentam mais tanta "marchinha" pornográfica.

Graças a Deus não ganhou.

Se ganhasse, ganharia essa visão libidinosa, de irresponsabilidade, que o mundo INTEIRO tem do Brasil. Já havia algumas pessoas se perguntando, "será que vai vir alguma gostosa com o Carlinhos?", "vai haver batuque?", "samba?".

Felizmente não levou!


Obrigado Hollywood!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

COISAS DO TERCEIRO MUNDO...

Crédito da Imagem: "G1"
 As pessoas se perguntam, recorrentemente, quando é que o Brasil vai ser uma superpotência, um líder mundial ou, enfim, uma nação desenvolvida.

As ilusões econômicas nos fazem acreditar que o dia está próximo, e que, na verdade, é uma simples questão de tempo

Vã ilusão!

A inércia das Instituições brasileiras no recente caso da queda de um "ovni ah doc" no interior do Maranhão é ilustrativa desse atraso institucional e, sobretudo, do subdesenvolvimento da nossa sociedade.

O Objeto caiu na Quarta-Feira do último dia 22 (Fev/2012).

No mesmo dia, horas depois de a imprensa publicar o "incidente científico-espacial", a Aeronáutica, nossa patriarca tecnológica, limitou-se a dizer:

"Não somos capazes de fazer investigações científicas desse tipo de fenômeno aéreo".

O "ovni", então, foi recolhido (pasmem) pela Polícia Militar daquele estado, e deixado às moscas num quartel de Anaporus/MA por quase dois dias.

Apenas 48 horas depois, quando certamente alguem "deu conta" da mancada, a Aeronáutica resolveu recolher o objeto. Repito, 48 Horas depois. Sorte da nossa "ciência" tupiniquim que os mortos de fome do Nordeste não comeram o aperitivo estelar. Se tivessem comido-o, estariam perdoados, porque nenhum país sério tem tanto dinheiro e tanta gente morrendo de fome por aí.

Se fosse em qualquer país sério, logo que o objeto caiu, teria sido mobilizado um aparato científico enorme e siliencioso sobre o fato, e, certamente, quando a imprensa desse de sí, o "ovni" já estaria sendo dissecado a sete chaves em Washington D.C, Moscou, Berlim e etc. 

Mas aqui não, as pessoas, inclusive a Aeronáutica, estão muito ocupadas com esse maldito Carnaval pra "dar bola" pra uma bola de metal que vem do espaço. No máximo, irão fazer uma marchinha carnavalesca sobre o fenômeno. Dá pra imaginar o "acéfalo" artistico do Carlinhos Brown puxando a musiquinha.

Afinal, no Brasil é Carnaval o ano inteiro.

País medíocre esse Brasil!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

TOURIST, DON'T COME TO THE BRAZIL.

 

A Porta do Inferno, na imagem acima, é uma cratera de cerca de 60 metros de diâmetro e 20 metros de profundidade, situada próxima de Darvaz, no Turcomenistão. 

A imensa cratera recebeu este nome em virtude das labaredas constantes que nela flamejam, propiciando um cenário que faz lembrar a descrição popular do acesso principal ao mitológico Reino de Hades. 

A Origem da "Porta do Inferno", remonta ao ano de 1971, quando estudos de viabilidade para a extração de gás natural realizados por geólogos soviéticos encontraram, durante as escavações, uma caverna subterrânea de grande profundidade, repleta de gás tóxico. Por causa dessa substância, as perfurações foram suspensas e fogo foi ateado no local, para que o conteúdo tóxico fosse consumido pelo processo de combustão, já que havia o receio de consequências para a população.

Entretanto, o fogo jamais se extinguiu, e a cratera continua flamejante há cerca de 40 anos, sem previsão de interrupção, em razão da insodável quantidade de gas existente no local. 

Uma razoável descrição do inferno, pra Dante nenhum botar defeito. 

Ilustra, tambem, com singular propriedade, a Bahia pré-carnaval. Pior pra nós. Pois se o inferno é um mito, o Brasil é uma dura realidade.

Mito e realidade, aliás, é quem contam a história dos tempos. 

E, na curiosa história da humanidade, alguns fatos fluem de maneira peculiarmente interessante. Às vezes o fato deixa de se tornar fato para tornar-se um mito, e o mito, na mesma linha, outrora efêmera lenda dos "historiadores", supera a simples condição de especulação do "populacho" para tornar-se, na verdade, uma força tangível e visívelmente influente.

Assim é a atual "paisagem histórica" brasileira.
 
País do carnaval,  do samba, da corrupção, da natureza generosa, do futebol  e das favelas, entre outros patronímicos adicionais, o país é agora o país da Violência, e, como na imagem acima, do Inferno. Sempre o foi, na verdade, mas agora o é,  de fato e de direito. Não se trata mais apenas de um mito, de uma lenda urbana internacional. 

Não é apenas mais uma frase que atribuem ao De Gaulle, porque o Brasil não é mesmo um país sério.

O País está "internamente" sitiado.

A situação da Bahia me "força" a dizer: Estrangeiro, não venha ao Brasil!

Mineiro, Gaúcho, Paulista e você, carioca, quem diria, não vá à Bahia!

Não vá, porque lá, assim como em todo o país, a Policia está de greve, onde não está, certamente  estará, conte com isso. Assim como os professores, os médicos públicos, os operários e os garis.

Aqui, só não faz greve quem é do Governo, quem tem ministério pra pagar sua conta ou terno de linho que compra a Bahia, a Polícia e outras patotas federais.   

Dizem que a Bahia é o coração do país. Que o carnaval é a alma do povo.
Concordo. 

Por isso a "falencia múltipla" do sistema, do País.

A Bahia, sitiada, pulsando mortes violentas, saques e rapinagens urbanas é, de fato, a cara do Brasil, a alma do povo, que está mais preocupado em pular o ameaçado Carnaval de 2012, do que comer e vestir-se decentemente.
Estrangeiro, não vá ao Inferno, não venha ao Brasil!

Tourist, don't go to the hell, don't come to the Brazil...