“É muito melhor se arriscar por coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito, que não gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem na penumbra cinzenta que não conhece nem vitória nem derrota.”

Theodore Roosevelt

terça-feira, 27 de março de 2012

Homens que a Morte não Consegue Calar

Renato Russo

"Encontra-se sempre, aqui e ali, algum Semi-Deus que consegue viver em condições terriveis, e viver vencedor. 
Quereis ouvir o seu canto solitário?
Escutai a Música de Beethoven!" (Friedrich Nietzsche)

Nietzsche, o filósofo alemão, dá a definição definitiva de homens como Beethoven. Hoje, quero roubar dos alemães essa que, pra mim, é a única maneira de traduzir a vida e a obra de Renato Manfredini Júnior, o nosso Renato Russo:

"Encontra-se sempre, aqui e ali, algum Semi-Deus que consegue viver em condições terriveis, e viver vencedor. 
Quereis ouvir o seu canto solitário?
Escutai a Música de Renato Russo!"

Figura complexa. Inegavelmente espiritualizada, que formou em torno de sí uma indissociável ideia de idolatria e verdade messiânica, embora detestasse a expressão.

Se estivesse vivo, Renato completaria hoje, 27 de Março, 52 anos de idade. À frente da eterna Legião Urbana, Renato trilhou um caminho que fez dele, o antes menino tímido "de Brasília", um ícone de toda uma geração. Ou melhor, um fenômeno raro de imortalidade, já que sua morte, em Outubro de 1996, nem de perto conseguiu silenciar a voz potente do maior cantor e compositor do Rock nacional.
 


Escrever sobre Renato, pra mim, é difícil. Raramente me arrisco a fazê-lo. Tenho uma reverência incrivelmente intimidadora em relação a ele. Legião Urbana, a banda que me ensinou a ser mais que um livro velho na estante da escola, me faz entrar em transi, quase sempre. Ao mesmo tempo que liberta meu pensamento em relação ao mundo, me deixa pequenino e frágil diante de um de seus discos:
Culpa do Renato e suas letras perturbadoras, fortes e indescritivelmente atuais.
Dizer o quê desse cara?

Sei lá. Mas talvez sirva lembrar que a morte provavelmente seja apenas uma menina frágil e impotente diante de pessoas como ele, para as quais esse mundo é  mais do que um disco na parede. Afinal, é o próprio Renato quem dizia: 

"Não adianta nada ter um disco de platina na parede se você está sozinho"

Valeu RENATO....

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