“É muito melhor se arriscar por coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito, que não gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem na penumbra cinzenta que não conhece nem vitória nem derrota.”

Theodore Roosevelt

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Quanto Vale a Vida.


Polícia de Luto
 "É proibido matar, e, portanto, todos os assassinos são punidos, a não ser que o façam em larga escala e ao som de trombetas".

A Frase acima é um clássico manifesto do francês Voltaire em relação à mão suja do Estado no período sangrento que antecedeu a Revolução Francesa. Voltaire, com seu habitual sarcasmo, se referia à máquina de repressão, assassinatos em massa e espoliação coletiva dirigida pelo Estado Absolutista em contraposição ao grito de liberdade, igualdade e fraternidade da população de seu país.

Dois séculos se passaram, e a frase parece mais atual do que nunca. Não na França, é claro, onde o conceito de democracia, cidadão e civilização são diametralmente opostos à desordem cívica, social, jurídica, política e moral do nosso desgraçadamente criminoso Estado brasileiro.

Um país que mata seus servidores e esconde a mão suja de sangue.

Um país que mata seus policiais, juízes, promotores e agentes da lei em função da letargia e da morosidade quase anêmica de seus gestores públicos, em sua maioria, pilantras travestidos de governadores, prefeitos e secretários de segurança. Corja de gente mal instruída que nunca conseguiu administrar nada além de sua consciência política, medida em cifras, "mesadas" e cargo políticos. 

Pra essa gente, vida de policial não vale nada.

Pra essa gente, farda é pra ser manchada de sangue, seja ela de um inocente ou de um vilão. 

Pra quem é policial, e cresceu acreditando que o "lado de cá" é o lado do bem, é difícil lidar com a realidade nua e crua de que a violência, quase sempre, é um fantoche e um brinquedinho do mercado. Dói acreditar que o Estado de São Paulo sabia da iminente investida do "PCC" em desfavor de seus agentes policiais e se omitiu em divulgar estas informações. 

A reportagem do Fantástico é emblemática, contundente. Revela com assustadora riqueza de detalhes a omissão da secretaria de segurança paulista em providenciar as medidas de alerta à tropa e à população, diante da iminente onda de ataques do crime organizado contra policiais e seus familiares. O Estado de São Paulo, claro, nega que soubesse da onda de ataques. Refuta a informação e tenta negligenciar (coisa que, ao que parece, sabe fazer com perfeição) que está lidando com um cataclisma institucional, quando se vê impotente diante da intentona terrorista engendrada pelo crime.

E não adianta processar blogs e mídias sociais mais frágeis. Os dados da "revista" dominical da Globo estão aí, não é um mito, conversa fiada ou notícia plantada. É um fato.

São Paulo está diante de um dilema social que o Estado Brasileiro, como um todo, ignora. Suas leis e instituições estruturais estão sendo ostensivamente desafiadas, minadas e dilapidadas.

A Vida de quem luta pela vida não vale absolutamente nada. A gente acaba percebendo que tem sempre uma explicação fajuta pra despistar os fatos e enganar a sociedade, que, ignorante, cospe na Polícia. Essa mão suja de sangue que puxa o gatilho do crime não é a mão da Polícia, nem do "PCC" ou do crime organizado: é do próprio Estado

Com seu salário de merda e "proteção social" inexistente, o Estado ativa um ciclo de vida que reduz a dignidade das pessoas, aumenta a marginalização social (dos policiais, inclusive) e torna ínfimo o caráter de reprimenda da Lei diante do crime. É desse modo que cometem esse genocídio e continuam a enviar NOSSA Polícia pros corredores de açougue onde a morte certa a espera. Cedo ou tarde, metafórica ou literalmente, NOSSA Polícia morre. 

Com ela morre a saúde, a educação, o lazer, o esporte, os direitos e qualquer outra coisa que uma democracia dignamente constituída possibilita ao cidadão de bem.

Por tudo isso, quero dizer ao Estado de São Paulo (ente jurídico, e não sua tenaz população) que vá para o Inferno! Ele e seus fantoches políticos, assassinos de policiais, de juízes, de cabos, soldados, investigadores, oficiais, promotores, garis, professores, médicos, empresários, estudantes, advogados, comerciantes, pais, mães, filhos, homens e mulheres de bem desse país.

São Paulo,vá para o Inferno!

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