“É muito melhor se arriscar por coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito, que não gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem na penumbra cinzenta que não conhece nem vitória nem derrota.”

Theodore Roosevelt

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O BRASIL DE SARNEY: ONDE OS “DINOSSAUROS” AINDA VAGAM.

 
Publicado originalmente em 10 de Março de 2009 (pelo mesmo autor).  Republicamos em "homenagem" à reeleição (de novo) de Sarney à presidencia do Senado.

Recentemente, a revista britânica The Economist publicou um artigo sobre a eleição de José Sarney à presidencia do  Senado Federal.

O artigo, intitulado Where dinosaurs still roam (onde os dinossauros ainda vagam), deixou nosso hominídio político um tanto quanto incomodado, talvez pela dureza da metáphora (o PH é uma homenagem pessoal ao Sarney) ou talvez pelo temor de Sua Excelência em ser recolhido a algum museu. O fato é que Sarney, incomodado com a anedota, ingressou em juízo, naquele país, e exigiu um direito de resposta, cobrando do editorial britânico uma retratação pela comparação “deveras injusta”.

INJUSTA?

No artigo, a revista britânica sugere, literalmente, que “a eleição de Sarney representa uma vitória do SemiFeudalismo“, e que a ascenção do “Homem de Neanderthaul“, à época, à presidencia da República, não passou de um ato reflexo do destino, que resolveu premiar um homem sem distinção. Sarney pode até ter suas razões pessoais para zangar-se com a publicação (talvez apenas ele as tenha), mas será que o conteúdo da publicação, desconsiderada a pitada de escárnio com nosso país, não reflete a pura realidade?

Senão vejamos:
Quem é José Sarney? ” É o ex-presidente da República, poder-se-ia dizer, mas duvido que seja possível ir além disso. Na presidencia do Senado, Sarney foi antecedido pelo tambem “dinossauro” Garibaldi Alves,  e atualmente é ladeado por outros “medalhôes” da política tupiniquim, entre eles, presidindo a Comissão de Serviços de Infraestrutura, ninguem mais ninguem menos que , acreditem: Fernando Collor de Melo, ele mesmo, o “senhor impeacheament”. Já pensou se o ACM estivesse na ativa?

É uma vergonha essa falta de renovação na política brasileira, todo os dias ligamos a televisão e damos de cara com esses  políticos decrépitos , cheios de sotaque, rusgas e manias, fazendo esses discursos que mais se assemelham a uma “catira”, a um jogo de purrinha ou a uma “roda de causos”. Meu Deus, é uma tortura moral ouvir as bobagens daquele Severino Cavalcanti… Quem deixou “aquilo” falar em meu nome na tribuna!
Nada pessoal gente, mas quando é que o Sarney vai morrer! E o Maluf ??? Será que esses fósseis não se cansam! Tenho a impressão de que o Sarney vai acabar estrelando o proximo filme do Steven Spielberg, “Jurassic Park 4″.
Esses caras perderam a conexão com seu relógio biológico, só de falar nesse “Jurassic Park Parlamentar”, eu começo a sentir cheiro de môfo, um odôr obsoleto, regado à naftalina, que não pode  ser despistado nem pelos ternos pomposos desses políticos. A propósito, encomendei a uma amiga, que por sinal é consultora de moda e estilista, um modelito mais adequado para vestir nossos anciãos. Na verdade, esse novo traje: UM SARCÓFAGO, diz muito do que eles são intelectualmente: MÚMIAS POR EXCELÊNCIA!
O Lado bom da coisa é que a presença do fóssil nos aproxima mais do passado (nesse caso bem , bem remoto) permitindo-nos entender melhor a história. E vejam, aqui no Brasil, não precisamos nem de arqueólogos pra escavar, basta ir ao Congresso. Mas se você for ao  Senado, não se esqueça de levar um bom caça-fantasma com você, só ele conseguirá distinguir os fantasmas mortos dos “fantasmas” vivos.

O Pior de tudo, é que os caras ainda tem a cara-de-pau de ostentar na pagina do senado na internet, uma crônica de Machado de Assis, intitulada, acreditem: O Velho Senado.
Dizia Machado:
"Diante daqueles homens (… ) é preciso não esquecer que poucos eram contemporâneos, (…) alguns da Regência, do Primeiro Reinado e da Constituinte. Tinham feito ou visto fazer a história dos tempos iniciais (…). A idade fazia-os menos assíduos,(…) Mal  podiam apear do carro, e subir as escadas; arrastavam os pés até à cadeira. (….) A cara  acentuavam-lhe a decrepitude;(…). Quanta cousa obsoleta!(…) Eles esvaiam-se no ar, provavelmente, a caminho de algum cemitério. Se valesse a pena saber o nome do cemitério, iria eu catá-lo, mas não vale; todos os cemitérios se parecem."

Congresso… Cemitério… Cemitério… Congresso: De fato, todos os cemitérios se parecem!

Um comentário:

  1. Realmente os comentários desta reportagem está de parabens. O Brasil vive na idade da pedra e do Egito antigo, por que aqui prevalecem os dinossauros e as múmias e os senhores feudais, por causa dessas tres características de seres ultrapassados, nos brasileiros não temos esperaças de melhorias sociais e qualidade de vida como em outros paises tando no presente como no futuro.

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